A Sorte Não Está nos Números

Não jogo para vencer. Jogo porque o silêncio entre os tambores é mais honesto que qualquer prêmio. Cresci no sul de Chicago, onde minha mãe—counselor aposentada—and meu irmão—baterista de jazz—me ensinaram: o ritmo não é sobre velocidade. É sobre espaçamento. A nota que persiste antes de desaparecer… Foi assim que aprendi a ler o jogo. No início, pensei que ‘sorte’ estava nos números: 7-14-22-36. Comprava cartas como orações, esperando que uma luz explodisse como fogo de artifício. Mas depois de trinta noites com bilhetes vazios e sortes silenciosas, parei de correr. Comecei a observar em vez disso. O jogo não mudou. Eu mudei.